1. Contagem das sílabas métricas:
a) só contaremos até a última sílaba tônica de um verso.
1 2 3
Tal / a / chu / va
1 2 3
Trans / pa / re / ce
1 2 3
Quan / do / des / ce
(va/ce/ce - são as sílabas átonas e não entram na contagem poética)
b) Quando em um verso uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte começar por vogal ou H (que não tem som, portanto não é fonema, mas uma simples letra), dar-se-á uma elisão.
A/mo/-te, ó/ cruz/ no/ vér/ti/ce/ fir/ma/da
De es/plên/di/das/ i/gre/jas.
c) Sinérese: é a fusão de dois sons num só dentro da mesma palavra.
Lan/ça a/ poe/si/a
d) Diérese: o contrário da sinérese. Separa em sílabas distintas dois sons vocálicos dentro de uma mesma palavra.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deus/ fa/la/, quan/do a/ tur/ba es/tá/ qui/e/ta
e) Hiato: é o contrário da elisão. Separa-se de dois sons interverbais (a sinérese e a diérese são intraverbais; a elisão e o hiato são interverbais). Conferir elisão e hiato no exemplo à seguir:
E/ va/ ga
Ao/ lu/ ar
Se a/pa/ga
No / ar.
2. Classificação do verso quanto ao número de sílabas:
a) Isométricos: são os versos de uma só medida. São classificados como:
- monossílabos
- dissílabos
- trissílabos
- tetrassílabos
- pentassílabos (ou redondilha menor)
- hexassílabos (heróico quebrado)
- heptassílabos (redondilha maior)
- octossílabos
- eneassílabos
- decassílabos (medida nova)
- hendecassílabos
- dodecassílabos (ou alexandrinos)